Seja para preparar um pastel dourado ou batatas crocantes por fora e macias por dentro, a escolha do melhor óleo para fritar faz toda a diferença no resultado final. No food service, essa decisão impacta diretamente o sabor, a textura e a rentabilidade das frituras.
Neste artigo, vamos apresentar os principais tipos de óleo utilizados na cozinha profissional, suas características e qual é o mais indicado para cada tipo de preparo.
Como escolher o melhor óleo para frituras
A escolha do melhor óleo para fritar vai muito além do sabor. É uma decisão estratégica que afeta diretamente a performance da cozinha profissional.
Entre os critérios mais relevantes estão:
● Ponto de fumaça: determina a resistência do óleo ao calor;
● Estabilidade térmica: influencia a durabilidade e reutilização do óleo;
● Custo-benefício: importante para operações de alto volume;
● Frequência de uso: ajuda a definir qual óleo se adapta melhor à rotina.[RC1] [FC2]
Uma má escolha pode resultar em pratos encharcados, clientes insatisfeitos e mais trocas de óleo — aumentando o custo e reduzindo a eficiência da cozinha.
Diferenças entre óleo de soja, canola e girassol
O óleo de soja é amplamente utilizado no Brasil por ser acessível e ter sabor neutro. Seu ponto de fumaça gira em torno de 230ºC, o que o torna uma opção viável para frituras em geral. No entanto, em frituras prolongadas, pode deixar um leve sabor residual.
O óleo de canola, por sua vez, possui um dos menores teores de gordura saturada entre os óleos vegetais. Seu ponto de fumaça é de aproximadamente 204ºC – ideal para frituras leves. Além disso, contribui para uma textura crocante sem interferir no sabor final.
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Já o óleo de girassol é procurado por quem busca uma opção com apelo mais "saudável". Ele tem ponto de fumaça semelhante ao da soja e apresenta sabor suave, sendo indicado para alimentos como peixes e legumes, por não alterar o gosto original dos ingredientes.
Quando usar banha de porco ou azeite para fritar?
Essas duas opções têm usos específicos na fritura e trazem efeitos distintos sobre o sabor e a composição nutricional dos pratos. A banha de porco, por exemplo, tem ponto de fumaça alto (cerca de 190ºC) e sabor marcante, sendo indicada para preparos tradicionais como torresmo ou comidas de boteco que pedem um toque mais rústico.
Já o azeite, apesar de não ser tão estável a altas temperaturas quanto outros óleos, pode ser utilizado em frituras rápidas, como legumes salteados ou ovos. No entanto, ao usar azeite para fritar é importante não ultrapassar seu ponto de fumaça, que gira em torno de 160ºC, pois o superaquecimento compromete suas propriedades benéficas.

Óleos ideais para cada tipo de preparo
O melhor óleo para fritar pode ser decisivo para o sucesso do prato. No food service, onde o volume de produção é alto e a consistência dos resultados é fundamental, entender como cada tipo de óleo se comporta em diferentes preparos ajuda a otimizar custos, garantir qualidade e evitar desperdícios.
Afinal, a escolha influencia na textura, na absorção de gordura, no rendimento e até na vida útil dos equipamentos.
Qual o melhor óleo para pastel, batata frita e salgados?
Para frituras por imersão que deixem os alimentos crocantes, como pastel e batata, óleos com alto ponto de fumaça e sabor neutro são ideais. O óleo de soja se destaca pelo custo-benefício, enquanto o óleo de girassol e o óleo de algodão garantem crocância superior e menor absorção de gordura.

O óleo de algodão também oferece rendimento superior, exigindo menos trocas ao longo do dia. No entanto, é importante considerar que ele pode deixar um sabor mais pronunciado em alimentos como batata frita, o que nem sempre agrada todos os paladares.
Fritura de carnes e peixes: qual óleo usar?
Para cortes bovinos e suínos empanados, a banha de porco é excelente para realçar os sabores naturais e garantir suculência. Em peixes e frutos do mar, o ideal é optar por óleos neutros como o de girassol ou o de canola, que preservam o sabor delicado desses ingredientes sem sobrecarregá-los com notas fortes.
Óleo de coco e óleo de algodão: quando utilizar?
Esses dois óleos ganham destaque em frituras específicas:
● Óleo de coco: com ponto de fumaça entre 175ºC e 230ºC (dependendo do tipo), é indicado para receitas com toque tropical ou doce, como bolinhos e frituras de frutas. Seu sabor característico pode ser um diferencial;
● Óleo de algodão: muito estável e com ponto de fumaça alto (cerca de 220ºC), é ideal para frituras intensas e prolongadas. Costuma proporcionar alimentos mais sequinhos e durabilidade maior do óleo.
Dicas práticas para frituras mais saudáveis e crocantes
Para garantir frituras sequinhas, crocantes e com menor absorção de gordura, é fundamental adotar boas práticas que envolvem desde a escolha do melhor óleo para fritar até o controle de temperatura e o manejo dos alimentos.
Frituras mal executadas comprometem a experiência do cliente, aumentam os custos com reposição de óleo e geram desperdícios.
Como evitar que o alimento absorva muito óleo?
Um dos maiores desafios nas cozinhas profissionais é evitar que os alimentos fiquem encharcados ou oleosos. Isso pode acontecer por vários fatores, como temperatura inadequada, sobrecarga na fritadeira ou empanamento mal executado.
Veja algumas estratégias eficazes para controlar a absorção de gordura:
● Mantenha o óleo sempre na temperatura ideal;
● Não sobrecarregue a panela: isso reduz a temperatura do óleo e favorece a absorção;
● Escorra bem os alimentos após a fritura em papel toalha ou grades;
● Empane bem os alimentos: a crosta protege o interior e reduz a absorção.
Além disso, é essencial trocar o óleo com frequência e realizar o descarte correto.
Qual o ponto de fumaça ideal para cada óleo?
O ponto de fumaça é a temperatura máxima que um óleo pode atingir antes de começar a queimar, liberar fumaça e formar compostos prejudiciais à saúde.
Conhecer essa característica é essencial para escolher o óleo certo para cada preparo — e para evitar que o alimento fique com sabor amargo, textura comprometida ou até mesmo tóxico.
Óleos com ponto de fumaça mais alto são ideais para frituras por imersão e preparos mais longos, pois resistem melhor ao calor sem se degradar. Já opções com ponto de fumaça mais baixo, como o azeite extravirgem, são indicadas para salteados rápidos ou finalizações.
Veja a seguir os pontos de fumaça médios dos principais óleos usados no food service:
● Óleo de soja: 230 °C — versátil, indicado para frituras profundas;
● Óleo de canola: 204 °C — bom para frituras médias e leves;
● Óleo de girassol: 225 °C — ideal para alimentos delicados e crocantes;
● Óleo de algodão: 220 °C — ótima resistência ao calor, ideal para uso prolongado;
● Óleo de coco: entre 175 °C e 230 °C — varia conforme o tipo;
● Banha de porco: 190 °C — indicada para frituras rústicas;
● Azeite extravirgem: 160 °C — deve ser usado com cuidado.
Manter o óleo sempre limpo, filtrado e dentro da faixa ideal de temperatura também aumenta sua vida útil e melhora a qualidade da fritura. Além disso, respeitar os limites de reutilização evita a formação de resíduos escuros e sabores indesejados nos pratos.
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