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A liderança humanizada na cozinha requer sensibilidade para as necessidades da equipe, sem perder de vista o foco na qualidade da comida e do serviço. No competitivo mundo do food service, a pressão por eficiência operacional, equipes reduzidas e altas taxas de turnover muitas vezes coloca em risco a saúde do ambiente de trabalho.

Em uma pesquisa da Gartner de 2022, 90% dos líderes de RH entrevistados acreditam que, para ter sucesso no ambiente de trabalho atual, é necessário se concentrar nos aspectos humanos da liderança. Neste artigo, exploraremos como a liderança humanizada na cozinha pode ser a chave para equilibrar a eficiência e a qualidade de vida no trabalho.

Para isso, conversamos com o renomado Chef Michael Yamashita, especialista em processos culinários, para obter dicas práticas sobre como liderar a brigada de cozinha de forma humana e eficaz. Ao selecionar os principais pontos, da comunicação à hierarquia na cozinha, montamos esse guia. 

A comunicação na cozinha deve ser clara e aberta

A comunicação é a espinha dorsal de uma cozinha bem-sucedida. O chef Yamashita enfatiza a importância de ter um diálogo transparente e objetivo com a equipe. Isso inclui compartilhar metas, desafios e obstáculos diários, bem como comemorar os sucessos. Uma comunicação eficaz alinha a equipe com os objetivos do restaurante e melhora a eficiência das operações.

Deixe claro nas interações que vocês formam um time, uma equipe, que precisam um do outro e, claro, fuja da comunicação unilateral, lembre-se de que é uma via de mão dupla e tão importante quanto falar é saber escutar. "Uma equipe engajada vai te ajudar a conquistar e realizar todo o planejamento, pois eles também fazem parte e não são só seguidores de regras”, explica o chef.

Não se esqueça do desenvolvimento de habilidades, reconhecimento e confiança

Muitas vezes negligenciado, para promover o desenvolvimento profissional, o Chef Yamashita destaca a importância da liderança humanizada para incentivar o aprendizado contínuo. Ele sugere criar oportunidades para que a equipe compartilhe ideias, inovações e o conhecimento adquirido.

Diante da complexidade do trabalho culinário – o que reforça a necessidade de treinamento ao mesmo passo que o coloca em segundo plano –, plataformas como a UFS Academy são uma solução prática para capacitar os membros da brigada de cozinha.

Ainda sobre isso, “Existem tecnologias, produtos, processos, planos e treinamento que são ferramentas que contribuem muito para buscarmos esse equilíbrio entre a alta demanda de tarefas e muita rotatividade/ falta de mão de obra”, complementa. Invista em treinamento de equipe e otimize o seu negócio!

Além disso, reconhecer e valorizar o trabalho árduo da equipe é uma parte essencial da liderança humanizada. Saber delegar as tarefas e ter confiança na execução do trabalho, independente do cargo e função, permite que o chefe de cozinha se concentre em questões estratégicas de sua competência.

Em nenhum local deve haver espaço para preconceitos e discriminação. A cozinha é um ambiente tradicionalmente dominado por homens, mas a liderança humanizada exige a promoção de um ambiente inclusivo e respeitoso para todos. Isso não apenas melhora a moral da equipe, mas também atrai talentos diversos. Conheça os desafios e superações de mulheres na cozinha.

O combinado não sai caro: resolução de conflitos

A liderança humanizada exige sensibilidade para lidar com situações que vão além do ambiente de trabalho. Afinal, faz parte de enxergar o outro com humanidade considerar todo o contexto que o envolve no cotidiano. Quanto a possíveis conflitos, o chef entrevista nos aponta duas etapas.

A primeira envolve as responsabilidades da liderança. “É preciso que pessoa responsável pela operação tenha muito claro um plano para o seu negócio, expectativa de faturamento do mês, acompanhamento de CMV, avaliação de clientes e muitos outros índices da administração de um restaurante”, ele explica. Essa pessoa é a capitã que irá direcionar um time, se essa não souber aonde quer chegar, não conseguirá passar com clareza o objetivo de a equipe estar lá, batalhando, no dia a dia.

A segunda etapa envolve a comunicação na cozinha: um diálogo transparente e objetivo com seu time, ter um momento de fala, para mostrar os acompanhamentos de metas, desafios do dia, obstáculos e assim justificar algumas ações mais difíceis e principalmente comemorar os sucessos alcançados.

Retomando o tópico anterior, o momento de escuta é parte da comunicação. Questione seu time e pergunte sobre, por exemplo:

  • A carga de trabalho tem sido excessiva ou desequilibrada?
  • Eles estão se sentindo desmotivados? Por quê?
  • Há conflitos profissionais? E pessoais?
  • O cansaço está tornando a produção mais difícil do que deveria?
  • Existem sugestões de como melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional?

A partir dessas respostas, o chef Yamashita sugere pensar a possibilidade de investimentos em tecnologias de equipamentos, produtos e treinamentos que podem facilitar o trabalho braçal diário, ganhar velocidade de produção, organizar processos para melhor fluidez de trabalho e comunicação.

Também é possível criar um ambiente para descompressão durante os momentos de descanso, avaliar escalas, ter um plano de carreira e o mais importante de tudo, sempre ter um canal de comunicação aberto para conversar e identificar problemas e assim, pensar em soluções em conjunto com o time e buscar viabilizar uma resolução.

Um verdadeiro líder precisa estar pronto para ser flexível e se adaptar

Por fim, a liderança humanizada na cozinha também envolve flexibilidade e adaptação. À medida que a tecnologia desempenha um papel crescente nas operações, é importante equilibrar a automação com a comunicação pessoal.

O Chef Yamashita enfatiza a importância de fornecer e solicitar feedback construtivo regularmente: “uma sugestão é ter 1x ao mês, uma conversa convidando o time para trazer inovações, ideia de pratos que aprenderam ou até compartilhar algum ensinamento que tiveram e acham legal dividir com o time”.

Em um ambiente tão desafiador, uma gestão baseada em valores humanos pode fazer a diferença. Ao priorizar a comunicação clara, o desenvolvimento de habilidades, a empatia, o respeito e outros aspectos da liderança humanizada, os chefs podem criar equipes mais motivadas e eficazes, melhorando a qualidade do serviço e a satisfação dos clientes.

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