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O Brasil tem uma população de 18,6 milhões de pessoas com deficiência, de acordo com dados divulgados este ano pelo IBGE e MDHC. Nesse contexto, a acessibilidade em restaurantes é uma responsabilidade ética, oportunidade de atrair um público mais diversificado e fortalecer o compromisso com uma comunidade que enfrenta uma exclusão sistemática.

Neste artigo, exploraremos estratégias para tornar seu restaurante mais inclusivo, abordando três áreas-chave: aprimoramento da acessibilidade do ambiente e sinalização, treinamento de equipe sensível às necessidades da clientela e a criação de cardápios acessíveis.

Vamos descobrir como você pode não apenas cumprir as normas previstas em lei, mas também prosperar ao proporcionar experiências gastronômicas sem restrições de público.

1. Acessibilidade do ambiente e sinalização

O primeiro passo para fortalecer a acessibilidade em restaurantes é um planejamento adequado do espaço físico e móveis. Antes de iniciar qualquer reforma em seu estabelecimento, é fundamental fazer um planejamento de layout no plano de negócios e consultar um profissional para projetar o ambiente de acordo com critérios técnicos.

A construção deve seguir as orientações da NBR 9050, norma criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que contempla assuntos como:

  • Layout do espaço, respeitando distâncias mínimas;
  • Medidas das mesas e cadeiras para acomodar cadeiras de rodas;
  • Materiais de fabricação que priorizem a acessibilidade;
  • Disposição dos móveis para garantir passagens adequadas;
  • Escolha de cores e demais especificidades que evitem acidentes e imprevistos;
  • Instalações para acomodação de cães-guia.

Existem regulamentações específicas que devem ser seguidas para garantir a acessibilidade em restaurantes: desde 2015, a Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146) exige que os restaurantes ofereçam meios de entrada e permanência de pessoas com mobilidade reduzida, preferência de atendimento e disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições com as demais pessoas.

Eliminar barreiras na comunicação é importante no contexto geral. Isso inclui linguagem simplificada, de sinais, material em braile e leitura automática, por exemplo. Garanta que os funcionários estejam preparados para lidar com tecnologias e recursos do tipo, além de sempre bem treinados, como veremos a seguir.

2. Atendimento treinado e consciente

Treine sua equipe para promover um ambiente inclusivo e livre de preconceitos independente da situação. Uma gestão humanizada mostra na prática como deve-se liderar com empatia e respeito, práticas que devem estar enraizadas na cultura do seu estabelecimento.

Para ir além das regras de acessibilidade em restaurantes, ofereça um atendimento personalizado para pessoas com deficiência. Para tal, tenha uma equipe de atendimento disposta a adaptar-se às necessidades individuais, seja para acomodação, auxílio no cardápio ou qualquer outra demanda que surja. A empatia e a disposição para ajudar podem fazer toda a diferença na experiência do cliente e nos valores do negócio.

3. Cardápio e pratos acessíveis

Quando se trata de criar um cardápio acessível, ponto importante ao pensar acessibilidade em restaurantes, devemos considerar uma ampla variedade de públicos durante o processo de elaboração. Aqui estão alguns pontos de atenção para tornar seu cardápio mais inclusivo:

  • Legibilidade: utilize letras grandes e legíveis em seu cardápio. A clareza na tipografia é fundamental para garantir que todos os clientes possam ler facilmente as opções disponíveis, escolha cores de alto contraste para o texto e o fundo do cardápio e sintetize informações;
  • Opções alternativas e traduções: disponibilize opções alternativas do cardápio para atender a diversas necessidades, como versões em braile para pessoas com deficiência visual, áudio para aqueles com dificuldades ou impossibilidade de leitura e tradução em Libras;
  • Variedade nutricional: além da acessibilidade, o cardápio deve oferecer uma variedade de pratos equilibrados que atendam a diferentes necessidades alimentares. Isso inclui opções para dietas específicas, restrições alimentares e preferências pessoais;
  • Conscientização da equipe: mais uma vez, certifique-se de que sua equipe esteja plenamente informada sobre as opções disponíveis no cardápio. Eles devem estar preparados para responder a perguntas dos clientes e fazer recomendações apropriadas com base nas preferências e necessidades individuais.

Ao adotar práticas como essas – e não esqueça de garantir a sinalização visual de acessibilidade –, você não apenas tornará seu cardápio mais acessível, mas também demonstrará um compromisso com a inclusão e acessibilidade em restaurantes. Faça de seu estabelecimento um restaurante inclusivo.

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